No universo dos investimentos imobiliários, entender os índices de preços é fundamental. Dois dos principais índices que impactam o mercado são o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado). Esses índices são usados para medir a inflação no Brasil, e cada um desempenha um papel importante no cálculo dos reajustes e na proteção do patrimônio contra a inflação.

Mas, afinal, o que é inflação e como esses índices afetam o mercado imobiliário?
A inflação é o aumento contínuo dos preços de bens e serviços, resultando na perda de poder de compra da moeda. Isso significa que, com o passar do tempo, o dinheiro que temos em mãos compra menos do que antes. Por exemplo, hoje, R$ 100,00 não compram a mesma quantidade de bens que comprariam há dez anos. A moeda continua com o mesmo valor nominal, mas seu poder de compra é reduzido pela inflação.
IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele mede a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços que compõem a cesta de consumo das famílias. Esse índice é amplamente utilizado pelo Banco Central no sistema de metas de inflação e reflete o impacto da inflação no consumidor final.
IGP-M: Índice Geral de Preços de Mercado
Já o IGP-M, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é composto por três subíndices:
- IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede os preços no atacado e representa 60% do IGP-M;
- IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor), que mede os preços ao consumidor, responsável por 30%;
- INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção), focado nos preços da construção civil, com peso de 10%.

O IGP-M é amplamente utilizado em contratos de aluguel, servindo como base para os reajustes anuais. Seu cálculo considera o período entre os dias 21 de um mês até o dia 20 do mês seguinte. Ao contrário do IPCA, que reflete apenas o comportamento do consumidor final, o IGP-M leva em conta também os preços no atacado e no setor de construção civil, oferecendo uma visão mais abrangente da inflação.
O Papel do IGP-M no Mercado Imobiliário
No mercado imobiliário, o IGP-M é amplamente utilizado para reajustar contratos de aluguel. A correção anual das tarifas de locação é baseada no IGP-M acumulado ao longo do ano anterior. Quando falamos de imóveis prontos, o IGP-M é aplicado para corrigir as parcelas de unidades já finalizadas ou de contratos após a conclusão da construção.
No caso de imóveis na planta, o índice utilizado para correção durante a fase de obras é o CUB (Custo Unitário Básico) ou o INCC, que refletem os custos da construção civil. Após a conclusão do empreendimento, o IGP-M passa a ser o indexador principal.
CUB/m²: O Custo Unitário Básico na Construção Civil
O CUB/m² (Custo Unitário Básico por metro quadrado) é outro índice importante no mercado imobiliário, especialmente para imóveis em construção. Criado pela Lei Federal nº 4.591 de 1964, o CUB serve como parâmetro para calcular o custo básico da construção civil, sendo utilizado pelos sindicatos estaduais da indústria da construção civil para divulgar mensalmente os custos de construção em suas respectivas regiões.
O CUB não reflete o custo total de uma obra, já que exclui fatores como impostos, taxas, projetos e infraestrutura adicional (elevadores, áreas de lazer, etc.), mas oferece uma base importante para o cálculo dos custos de construção por metro quadrado.

IPCA ou IGP-M: Qual é o Melhor para Investidores Imobiliários?
A escolha entre IPCA e IGP-M depende do tipo de transação imobiliária. O IPCA é mais simples, refletindo diretamente a variação de preços para o consumidor final. Já o IGP-M é mais amplo, englobando preços no atacado, no varejo e na construção civil, sendo mais adequado para ajustes de contratos de aluguel e transações imobiliárias complexas.
Para investidores imobiliários, entender a diferença entre esses índices é crucial para tomar decisões informadas. O IGP-M pode proteger o investidor contra a inflação em contratos de locação, enquanto o CUB e o INCC são indispensáveis para quem investe em imóveis na planta ou em construção. Ambos os índices desempenham um papel fundamental na valorização e proteção do patrimônio ao longo do tempo.

Conclusão
Investir em imóveis é uma excelente maneira de garantir rentabilidade e proteger o patrimônio contra a inflação.
Inflação não apenas distorce os preços, mas também os sinais que eles transmitem, levando as pessoas a decisões erradas e destruindo a estrutura da economia. Friedrich Hayek
Por isso, é essencial conhecer os índices que influenciam o mercado, e estão atrelados diretamente a inflação, como o IPCA, IGP-M, CUB e INCC. Esses índices afetam os contratos de aluguel, o custo da construção e a valorização dos imóveis, tornando-os fatores fundamentais para o sucesso de qualquer investimento imobiliário.

Buture Negócios Imobiliários “BUILDING YOUR FUTURE”
– Camila Fernandes Buture